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Inglês todo dia: mais do mesmo ou uma verdadeira imersão?

Por Heloísa Tambosi - Diretora da Language In Life


A metodologia Language In Life nas escolas regulares, com o segmento Language@school.
A metodologia Language In Life nas escolas regulares, com o segmento Language@school.

Semana passada, uma amiga me contou que o filho havia mudado de escola. A grande novidade? Agora ele teria inglês todos os dias. Mas logo veio a preocupação: “Ele está com dificuldades para a prova, será que você pode ajudar?”.


Quando vi o material, percebi que o tal “inglês todo dia” se resumia a mais aulas de gramática, vocabulário isolado e exercícios para decorar regras. A avaliação cobrava tempos verbais e listas de palavras, mas pouco dizia sobre a capacidade real de comunicação da criança.


Isso me fez refletir: o que realmente significa oferecer inglês diariamente em uma escola?

Será que é apenas aumentar a carga horária?

Ou deveria ser a oportunidade de tornar o inglês parte da vida do estudante, algo que ele consegue usar, compreender e se expressar?


Acredito profundamente no potencial de programas bilíngues e na ideia de contato diário com o idioma. No entanto, para que façam sentido, eles precisam ser planejados a partir de perguntas fundamentais:


  • Que tipo de inglês queremos que nossos alunos aprendam?

  • De que forma esse programa vai começar, se desenvolver e se consolidar?

  • Qual é a jornada de aprendizado que oferecemos?


Se o objetivo é apenas multiplicar aulas focadas em gramática e provas, corremos o risco de criar uma ilusão de aprendizado. Nesse caso, não há diferença significativa em relação ao modelo tradicional.


Como mestre em Linguística Aplicada e fundadora da minha própria escola, defendo que as instituições precisam de uma visão clara sobre bilinguismo e sobre como as crianças realmente aprendem. Isso passa por:


  • Planejamento pedagógico consistente;

  • Formação e acompanhamento contínuo dos professores;

  • Reflexão constante sobre as práticas em sala de aula;

  • Integração do inglês na experiência escolar como um todo.


Mais do que contratar um programa pronto ou uma editora, é essencial construir um caminho que garanta resultados reais. Só assim o inglês deixa de ser “mais uma disciplina” e se transforma em uma ferramenta de comunicação, de expressão e de liberdade.

 
 
 

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